domingo, 10 de fevereiro de 2008

O cancro e a obesidade

Um estudo realizado pelos investigadores Pedro Von Hafe e Henrique Barros do hospital de S. João e da Faculdade de Medicina provaram que a gordura visceral (concentrada na zona do abdómen) pode levar ao desenvolvimento de cancro da próstata.
Esta conclusão resultou de um estudo da distribuição da gordura no corpo do homem.
O projecto de investigação deles consistiu em organizar dois grupos de 63 homens com idades e índices de massa corporal análogos. O primeiro grupo era constituído por uma selecção de vários homens onde foi diagnosticado cancro da próstata, mas sem terem iniciado qualquer tratamento. O segundo grupo era constituído por indivíduos saudáveis escolhidos aleatoriamente.
Foram realizados vários exames de tomografia axial computorizada (TAC) para conseguirem medir a gordura visceral. As conclusões foram claras, indicavam uma probabilidade 14 vezes maior de desenvolvimento da patologia nos indivíduos mais obesos.
Na origem deste fenómeno poderão estar as substâncias bioquímicas produzidas pelas células adiposas que alegadamente potenciam o crescimento de tumores. Porém, não provaram a ligação entre o nível de gordura e o grau de desenvolvimento da doença.
Os estudos realizados nesta área nunca tinham obtido resultados conclusivos. As conclusões dos investigadores do hospital S. João foram publicadas na revista científica “Obesity Research”.
As conclusões do estudo tornam-se ainda preocupantes e pertinentes uma vez que há cada vez mais uma tendência generalizada no mundo ocidental para o excesso de peso. O sedentarismo aliado a uma alimentação rica em gorduras tem multiplicado os casos de obesidade, o que poderá levar ao aumento significativo do número de casos de cancro da próstata.
Em Portugal, o cancro da próstata é já o mais comum nos homens, seguido pelo cancro do pulmão e do colorrectal.


Reflexão pessoal: Na minha opinião os estudo feito a relação do cancro da prostata foi sem dúvida muito importante visto que o numero de obesos esta a aumentar cada vez mais. Os hábitos alimentares mediterrâneos estão cada vez mais a serem deixados de lado e a serem substituídos por hábitos menos saudáveis. Cada vez as pessoas precisam de ser confrontadas com resultados como o desta investigação para acreditarem nos riscos que uma má alimentação pode arrecadar.

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