quarta-feira, 30 de abril de 2008

Herança do Mal

Um estudo do Departamento de Nutrição da Universidade de Brasília alerta para a possibilidade de contaminação, durante a gestação e amamentação, de bebes cujas mães tenham ingerido alimentos contaminados com DDT (um famoso pesticida usado em cultivos agrícolas e no combate a doenças tropicais, como a malária). O trabalho apresentado reuniu resultados de dez anos de pesquisas sobre contaminação tóxica por substâncias químicas provenientes de pesticidas. O uso do DDT já foi proibido no mundo inteiro, após a comprovação de que possui níveis inseguros de toxicidade.

Os xenoestrogénios, substâncias químicas sintéticas e estáveis presentes nos poluentes orgânicos, não se degradam com facilidade e acumulam-se em animais e especialmente em humanos no topo da cadeia alimentar. Essas substâncias ganharam recentemente o nome de desreguladores endócrinos.

“Os desreguladores endócrinos mudam a constituição neuroquímica do ser humano e são capazes de provocar alterações morfofisiológicas”,

Explica o autor do estudo, o bioquímico José Garrofe Dórea.

Apesar dos pesticidas organoclorados (compostos orgânicos com um ou mais átomos de cloro), como o DDT, serem usados em cultivos agrícolas, são os animais que sofrem com estes, devido a facilidade que estas substâncias têm em acumularem-se ao entrarem em contacto com estes. Quanto mais próximo do topo da cadeia alimentar, maior o nível de contaminação do animal. Herbívoros como vacas e ovelhas, usados para a produção de leite e carne vendidos na indústria, são alimentados com ração de origem animal nos criadouros. Se a ração estiver contaminada, o resíduo tóxico irá passar adiante, até chegar ao corpo humano.

As pesquisas indicam que substâncias químicas perigosas são transmitidas para os recém-nascidos através da placenta e da glândula mamária. Além disso, estudos já comprovaram que o leite materno de mulheres vegetarianas contém menos substâncias tóxicas do que o de mães não vegetarianas.

Consequências desse tipo de contaminação já foram comprovadas em animais, como o nascimento de girinos com o número de membros alterado ou mudanças na percentagem de indivíduos machos e fêmeas em algumas espécies.
Em seres humanos, os efeitos secundários ainda não foram plenamente estudados. Estes pesticidas aparecem na forma de misturas, cujos componentes causam reacções imprevisíveis.
Estudos epidemiológicos já apontam para a aparição de doenças ligadas à contaminação por pesticidas na Europa. Outros relacionam a grande exposição a essas substâncias com alterações na idade da primeira menstruação entre s as raparigas e com o aumento da inversão do comportamento típico de um género entre crianças (interesse dos rapazes por coisas femininas e vice-versa).

“Apesar da proibição do DDT no mundo, este ainda é utilizado, principalmente nos países em desenvolvimento. Visto ainda não haver uma solução tão eficiente para a erradicação da malária, como este pesticida”, diz Dórea.

“O que a sociedade pode e precisa fazer é exercer melhor um controle sobre os seus produtos industriais antes de adoptar soluções radicais que comprometam o controlo de doenças tropicais endémicas.”

Reflexão pessoal: Na minha opinião estudos como este tornam-se muitos importantes. Uma vez que a sociedade actual cada vez mais procura soluções para as suas cultivações, através de pesticidas, alteração do genoma de um organismo de forma a molda-lo da forma desejada, como é o caso dos transgénicos, põem muitas vezes em risco a saúde pública. Todos estes tipos de práticas agrícolas acarretam efeitos colaterais cujas consequências muitas vezes não são devidamente estudadas nem conhecidas, deste modo estudos como estes que investigam estas substâncias e o modo como nos podem afectar no decorrer do tempo permitem-nos fazer uma selecção do que realmente podemos ingerir ou não de forma a não por em causa a nossa saúde.
No caso que nos é apresentado, esta substancia o DDT, de facto tem uma grande vantagem, é um eficiente modo do combate á malária e a outras doenças tropicais, mas esta vantagens é largamente ultrapassada pelos inúmeros efeitos secundários prejudiciais á nossa saúde.


Fonte: http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view/61317

amigdalas e adenoides

Amígdalas e Adenóides

O que são as Amígdalas (Tonsilas Palatinas) ?

As Amígdalas são pequenas estruturas arredondadas, em forma de amêndoa, localizados da parte de trás da boca, ao lado da garganta. Acredita-se que sirvam para ajudar a evitar infecções, produzindo anticorpos. As amígdalas também são chamadas de tonsilas palatinas e podem ser vistas quando se abre bem a boca.

Quando as amígdalas se inflamam, chamamos esta doença de Amigdalite.







O que são as Adenóides?

Adenóides são estruturas semelhantes às amígdalas. Estão localizadas atrás do céu da boca (pálato mole) e não podem ser vistas quando se abre a boca. Da mesma forma, quando estão funcionando adequadamente, ajudam a prevenir infecções. As Adenóides podem causar sérios problemas quando estão infeccionadas ou aumentadas. A Inflamação das adenóides chama-se Adenoidite.



Quais são os sintomas da Amigdalite?



Os sintomas da amigdalite podem variar bastante dependendo da causa da infecção e podem ocorrer subitamente ou progressivamente. Os sintomas mais comuns são:

Dor de garganta

Febre (alta ou baixa)

Dor de Cabeça

Diminuição do Apetite

Mal-estar geral

Náuseas e vômitos

Dor no pescoço

Vermelhidão na garganta com ou sem pontos de pus.

Quais são os sintomas de Adenoidite ou Adenóides aumentadas?

Os sintomas da adenoidite também podem variar bastante, dependendo da causa da infecção e podem se iniciar subitamente ou lentamente. Estes são os sintomas mais comuns:


Respiração bucal

Respiração ruidosa

Roncos

Pequenos períodos de parada respiratória durante o sono (apnéia)

Voz nasalada

Qual o tratamento para Amigdalites e Adenoidites:

O tratamento específico das amigdalites e adenoidites depende basicamente de:

Idade, condições gerais de saúde e antecedentes médicos

Extensão da infecção

Tipo de infecção

Tolerância do paciente para medicamentos, internamento e procedimentos

Evolução das inflamações e infecções

Parecer do paciente e/ou da família

Os tratamentos podem ser clínicos (com medicamentos) ou cirúrgicos dependendo da causa, extensão, repetição ou severidade dos quadros.

Antibióticos são úteis para ajudar o organismo a combater as infecções, mas nem sempre são necessários. Só o médico deve prescrevê-los. A auto-medicação muitas vezes é prejudicial.
Algumas vezes, os quadros não se resolvem clinicamente e nestes casos, o médico poderá propor um tratamento cirúrgico.


Quais as razões para se remover as amígdalas e adenóides?

As razões variam de caso a caso. A seguir estão as mais comuns, encontradas na literatura médica e nos consensos ou directrizes das organizações médicas:

Apnéia do sono ou períodos onde o paciente pára de respirar enquanto dorme

Distúrbios da deglutição

Tumores na garganta ou na passagem de ar pelo nariz

Sangramento das amígdalas e adenóides que não cessam

Obstrução nasal significativa ou respiração desconfortável

As dores de Garganta podem estar associadas com:

Febre entre 37.1 a 41.5 °C

Secreção purulenta (pus) nas amígdalas

Cultura para bactérias positiva para Streptococcus

As razões seguintes são relativas e devem ser analisadas individualmente nos casos de indicação cirúrgica:

Ronco

Amigdalites de repetição

Abcessos de amígdalas

Otites de repetição

Perda Auditiva

Sinusite crónica ou sinusites de repetição

Respiração bucal constante

Mau hálito

Aumento exagerado das amígdalas

Como é feita a cirurgia de amígdalas e adenóides ?

Em geral, é realizada em crianças, num curto período de internamento, entre algumas horas e um dia. Raramente, alguns pacientes ficam internados por mais de 1 dia, principalmente se:

Não engolirem bem alimentos líquidos após a cirurgia.

Tiverem outros problemas associados.

Tiverem alguma complicação após a cirurgia, tal como sangramento.

Durante o internamento, outros profissionais de saúde estarão envolvidos:

Enfermeiras da unidade de internamento, do centro cirúrgico e da sala de recuperação pós-anestésica.

Cirurgião especialista em Otorrinolaringologia

Anestesiologista -que fará as perguntas sobre a saúde do Paciente e fará um exame físico para avaliar as condições clínicas antes da cirurgia (Visita pré-Anestésica). Poderá ou não ministrar algum medicamento que ajude a tranquilizar o paciente.

Na sala de cirurgia, o paciente será anestesiado, para que o cirurgião possa remover as amígdalas e/ou adenóides. A cirurgia é realizada inteiramente por dentro da boca. Em alguns casos, serão necessários uns 2 ou 3 pontos, na cirurgia das amígdalas, que não precisam ser retirados, pois serão absorvidos pelo organismo. Na cirurgia de adenóides, em geral, os pontos não são necessários.

Após a cirurgia o anestesiologista "acorda" o paciente e encaminha-o para a sala de recuperação pós-anestésica. Quando estiver bem acordado, será reencaminhado ao quarto, junto da família.

O tempo mínimo de internamento, após a cirurgia, habitualmente é de 6 horas. Pode ser maior, caso seja necessário um acompanhamento mais próximo.
A complicação mais comum é o sangramento que deve ser notificado com urgência à enfermeira do andar que tomará as providências necessárias. Se o sangramento persistente ou abundante pode ser que haja necessidade do paciente voltar à sala de cirurgia.


E após a cirurgia ?

O cirurgião orientará sobre a medicação e os cuidados a serem tomados.
Basicamente:

Alimentação

Analgésicos, se necessário

Repouso pelo tempo recomendado

Quais são os riscos da Amigdalectomia e/ou Adenoidectomia?

Qualquer tipo de cirurgia tem algum risco. A questão é se o risco é alto ou baixo e se o Hospital tem equipamentos para controlar eventuais complicações que surgirem. Estatísticas dizem que 5% das crianças operadas sangram entre 5 a 8 dias após a cirurgia. Em adultos, isso é mais frequente.
Outras complicações descritas são:
Desidratação (devido a ingestão inadequada de líquidos)
Febre (se for alta)
Dificuldade de respiração (por inchaço dos tecidos da garganta)

Reflexão pessoal: Bem este é sem dúvida um assunto que me interessa em particular. Eu própria tenho alguns problemas com as minhas amígdalas, estas teimam em infeccionar. Só no decorrer deste ano lectivo já vão em 9 infecções. De acordo com a pesquisa que acima realizei, deveria ser operada, até porque a ingestão de antibióticos sempre que isto acontece, uma vez que as penicilinas já não têm qualquer efeito, prejudicam muito o meu organismo. Mas de acordo também com o que li, essa decisão deve ser tomada em conjunto com o meu médico, e este não me aconselha a ser operada, como tal, cá me vou aguentando. Esta decisão passa também pelo facto de apesar das infecções estas possuem muitas defesas ao meu organismo e ao provável melhoramento com o decorrer do tempo. Em alternativa á operação há pequenos tratamentos. Que consistem em tomar 10 comprimidos em cada mês, durante 3 meses. Estes comprimidos têm como função aumentar a nossa resistência a possíveis infecções posteriores. Os sintomas da amigdalite e da anedoidite podem ser comuns a outras doenças de tal modo que devem sempre consultar um médico. Não menos importante é a questão da cirurgia, as indicações são sempre individualizadas de acordo com o estado de saúde do paciente, após uma avaliação médica.



Fonte: http://www.educare.pt/educare/Opiniao.Artigo.aspx?contentid=1D793F9FD7FF4535A0408A722128E3D9&opsel=2&channelid=0
http://www.alexandre.med.br/a2.html