domingo, 10 de fevereiro de 2008

Crioconservação de gâmetas e embriões


A conservação de espermatozóides oocitos e embriões por congelação a baixas temperaturas (geralmente recorrendo a azoto líquido, obtendo-se temperaturas abaixo dos -196 °C) é muito útil, sobretudo em situações de declínio de fertilidade.

Em relação aos espermatozóides

A longevidade do esperma crioconservado ainda se encontra por determinar, mas, já foram geradas gravidezes com esperma preservado á 15anos.
Temos de ter em consideração que nem todos os espermatozóides resistem ao congelamento, variando de homem para homem, estando então o sucesso desta técnica relacionado com o elevado numero de espermatozóides em cada amostra a tratar com o frio.


Em relação aos embriões


A necessidade de taxas de sobrevivência superiores para os embriões humanos resultou no desenvolvimento de técnicas e procedimentos mais refinados, como por exemplo possibilitar um arrefecimento muito mais lento, permitindo assim a sobrevivência a mais de 50% dos embriões utilizados na fecundação in vitro.


Em relação aos oócitos


Em relação aos oócitos, ainda não existe uma técnica de crioconservação clinicamente satisfatória, abaixo dos ideais para as aplicações clínicas, estando em desenvolvimento estudos de aperfeiçoamento de protocolos laboratoriais para a preservação pelo frio.

Alguns cientistas alertam para o facto de algumas das técnicas actualmente usadas como o recurso a oócitos criogenizados e a transferência de embriões congelados, não terem sido devidamente avaliadas.


Desvantagens da crioconservação


— Estudos controversos indicam que estes processos poderão acarretar alterações cromossómicas nos embriões.

— As técnicas de reprodução assistida dão origem a uma serie de embriões que acabam por ser congenizados durante um período que pode ir de 1 a 8anos, consoante o país.

Nem sempre a lei prevê o destino a dar a esses embriões, pelo que se procuram reformas legislativas que resolvam e evitem o acumular desses embriões sobrantes, assim como definir quantos oócitos podem ser fecundados em cada ciclo.
Para alem disto prevê-se ainda a possibilidade de os embriões que sobram serem criogenizados durante a vida fértil da mulher, de forma a poderem ser utilizados caso o deseje.


As leis em estudo e algumas já aprovadas, prevêem que os seus proprietários poderão escolher voluntariamente entre as opções:


O Manter os embriões congelados ate serem transferidos;

— Doá-los para fins de reprodução a outros casais

O Permitir que o material biológico obtido após a descongelação possa ser utilizado em investigações para fins terapêuticos.

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