As células pluripotentes hematopoiéticas estaminais da medula óssea dão origem a células estaminais de potencial mais limitado.
Mecanismos de defesa
- Mecanismos de defesa não específica;
- Mecanismos de defesa específica.
Mecanismos de defesa não específica
Os agentes patogénicos são impedidos de entrar no organismo pelos mecanismos de defesa não específica, também designados por imunidade inata ou natural, ou são destruídos quando conseguem penetrar. Estes mecanismos desempenham uma acção geral contra corpos estranhos, independentemente da sua natureza, e exprimem-se sempre da mesma forma.
Os mecanismos de defesa não específica que impedem a entrada dos agentes patogénicos são as barreiras fisicas (pele, mucosas e pêlos das narinas), as secreções (produzidas pelas glândulas sebáceas, sudoríparas, salivares e lacrimais) e as enzimas (existentes no suco gástrico).
Os mecanismos de defesa não específica que actuam sobre os agentes patogénicos que conseguiram transpor as barreiras externas são a reacção inflamatória, a fagocitose, o interferão e o sistema complemento.
Reacção inflamatória
No local onde os agentes patogénicos conseguem penetrar no organismo vai produzir-se uma reacção inflamatória traduzida por uma sequência de acontecimentos que visam neutralizar ou destruir esses agentes. No tecido lesionado, alguns tipos de células como os mastócitos e os basófilos produzem histaminas e outras substâncias. Estes sinalizadores químicos, para além de funcionarem como atracção de neutrófilos e outros leucócitos para a área danificada, provocam a dilatação dos vasos sanguíneos e o aumento da permeabilidade dos mesmos.
Como consequência, vai aumentar o fluxo sanguíneo, responsável pelo calor e rubor local, e a quantidade de fluído intersticial, originando um edema.
A dor, normalmente associada, é devida à distensão dos tecidos e à acção de várias substâncias nas terminações nervosas.
Cerca de meia hora a uma hora após o início da reacção inflamatória, os neutrófilos e os monócitos começam a atravessar as paredes dos capilares – diapedese, e a passar para os tecidos infectados. Os monócitos transformam-se então em macrófagos.
Diapedese
Os macrófagos que já existiam nos tecidos que foram invadidos multiplicam-se e tornam-se móveis. Estas células, os macrófagos resultantes da diferenciação dos linfócitos e os já existentes nos tecidos que são infectados, fagocitam os corpos estranhos e destroem-nos em vacúolos digestivos por acção de enzimas hidrolíticas - fagocitose.
Fagocitose
A febre é um mecanismo adaptativo, é um dos sintomas mais comuns nas reacções inflamatórias porque as toxinas, produzidas pelos agentes patogénicos, e os pirógenos, produzidos por alguns glóbulos brancos, fazem disparar a temperatura corporal.
Essas substâncias pirogénicas agem no hipotálamo (o termóstato do corpo), reconfigurando-o para uma temperatura mais alta, e ao fazê-lo, desencadeia os mecanismos de aumento da temperatura do corpo (tremores e vasoconstrição) a níveis acima do normal.
A febre pode impedir a proliferação de micróbios e melhorar a resposta imunológica pelo aumento da capacidade bactericida, migratória dos glóbulos brancos e aumento na produção de interferão contra certos vírus. A sensação que a pessoa febril sente faz com que poupe energia e descanse, funcionando também através do maior trabalho realizado pelos linfócitos e macrófagos com a vasodilatação causada pelo aquecimento.
Interferão
Os interferões são proteínas produzidas por certas células quando atacadas por vírus ou por parasitas intracelulares. Estas proteínas não apresentam especificidade pois podem inibir a replicação de diversos vírus. Os interferões difundem-se, entram na circulação e ligam-se à membrana citoplasmática de outras células, induzindo-as a produzir proteínas antivirais que inibem a replicação desses vírus. O interferão não é uma proteína antivírica mas induz a célula a produzir moléculas proteicas antivirais.
Sistema complemento
Este sistema é constituído por cerca de 25 proteínas no estado inactivo que se encontram em maior concentração no plasma sanguíneo e também nas membranas celulares. No âmbito da defesa inespecífica, estas proteínas servem para facilitar a fagocitose de agentes estranhos ou para perfurar as paredes celulares das bactérias conduzindo à sua lise.
O sistema complemento também actua como mecanismo de defesa específica para complementar a actividade dos anticorpos na destruição das bactérias .
Mecanismos de defesa específica
A resposta imunitária específica subdivide-se em três funções: o reconhecimento do agente invasor como corpo estranho, a reacção do sistema imunitário que prepara agentes específicos que intervêm no processo e a acção desses agentes que neutralizam e destroem os corpos estranhos.
A imunidade específica refere-se então à protecção que existe num organismo hospedeiro quando este sofreu previamente exposição a determinados agentes patogénicos e pode ser mediada por anticorpos (imunidade humoral) ou mediada por células (imunidade celular).
Imunidade Humoral (Humores – sangue e linfa)
Quando um antigénio entra num organismo e chega a um órgão linfóide, vai estimular os linfócitos B que possuem na membrana receptores específicos para esse antigénio. Como resposta, os linfócitos B dividem-se e formam células que sofrem diferenciação, originando plasmócitos e células memória. Os plasmócitos têm um retículo endoplasmático desenvolvido e produzem anticorpos específicos para cada antigénio. Os anticorpos são posteriormente lançados no sangue ou na linfa e vão circular até ao local de infecção.
As células – memória ficam inactivas, mas prontas a responder rapidamente, caso venha a acontecer um posterior contacto com o antigénio.
Os anticorpos actuam de três formas distintas:
Os anticorpos ligam-se a toxinas bacterianas e levam à sua posterior neutralização. As toxinas livres podem reagir com os receptores das células hospedeiras enquanto que o mesmo não acontece com o complexo anticorpo-toxina.
Os anticorpos também neutralizam completamente partículas virais e células bacterianas através da sua ligação às mesmas. O complexo anticorpo-antigénio é ingerido e degradado por macrófagos.
Neutralização
A activação do sistema complemento (fig.13) no âmbito da defesa específica, é feita através do revestimento de uma célula bacteriana por anticorpos. Os anticorpos fixos formam receptores para a primeira proteína do sistema complemento o que leva ao desencadeamento de uma sequência de reacções que conduz à formação de poros e à destruição da célula.
Fontes : http://pwp.netcabo.pt/sistema.imune/
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