quinta-feira, 13 de março de 2008

Sistema imunitário




O sistema imunitário é composto por órgãos linfóides, células e moléculas que estabelecem entre si uma complexa rede de comunicações, e tem como finalidade permitir a nossa defesa contra infecções provocadas por agentes patogénicos como as bactérias, os vírus, os fungos ou por alguns parasitas eucariontes.


Componentes do sistema imunitário




As células do sistema imunitário têm origem na medula óssea onde depois partem para o timo onde amadurecem. Posteriormente, migram para supervisionar os tecidos, circulando no sangue e no sistema linfático.



As células pluripotentes hematopoiéticas estaminais da medula óssea dão origem a células estaminais de potencial mais limitado.


Mecanismos de defesa
Existem dois tipos diferentes de mecanismos de defesa:



  • Mecanismos de defesa não específica;

  • Mecanismos de defesa específica.


Mecanismos de defesa não específica



Os agentes patogénicos são impedidos de entrar no organismo pelos mecanismos de defesa não específica, também designados por imunidade inata ou natural, ou são destruídos quando conseguem penetrar. Estes mecanismos desempenham uma acção geral contra corpos estranhos, independentemente da sua natureza, e exprimem-se sempre da mesma forma.



Os mecanismos de defesa não específica que impedem a entrada dos agentes patogénicos são as barreiras fisicas (pele, mucosas e pêlos das narinas), as secreções (produzidas pelas glândulas sebáceas, sudoríparas, salivares e lacrimais) e as enzimas (existentes no suco gástrico).



Os mecanismos de defesa não específica que actuam sobre os agentes patogénicos que conseguiram transpor as barreiras externas são a reacção inflamatória, a fagocitose, o interferão e o sistema complemento.



Reacção inflamatória


No local onde os agentes patogénicos conseguem penetrar no organismo vai produzir-se uma reacção inflamatória traduzida por uma sequência de acontecimentos que visam neutralizar ou destruir esses agentes. No tecido lesionado, alguns tipos de células como os mastócitos e os basófilos produzem histaminas e outras substâncias. Estes sinalizadores químicos, para além de funcionarem como atracção de neutrófilos e outros leucócitos para a área danificada, provocam a dilatação dos vasos sanguíneos e o aumento da permeabilidade dos mesmos.


Como consequência, vai aumentar o fluxo sanguíneo, responsável pelo calor e rubor local, e a quantidade de fluído intersticial, originando um edema.


A dor, normalmente associada, é devida à distensão dos tecidos e à acção de várias substâncias nas terminações nervosas.
Cerca de meia hora a uma hora após o início da reacção inflamatória, os neutrófilos e os monócitos começam a atravessar as paredes dos capilares – diapedese, e a passar para os tecidos infectados. Os monócitos transformam-se então em macrófagos.





Diapedese


Os macrófagos que já existiam nos tecidos que foram invadidos multiplicam-se e tornam-se móveis. Estas células, os macrófagos resultantes da diferenciação dos linfócitos e os já existentes nos tecidos que são infectados, fagocitam os corpos estranhos e destroem-nos em vacúolos digestivos por acção de enzimas hidrolíticas - fagocitose.



Fagocitose


A febre é um mecanismo adaptativo, é um dos sintomas mais comuns nas reacções inflamatórias porque as toxinas, produzidas pelos agentes patogénicos, e os pirógenos, produzidos por alguns glóbulos brancos, fazem disparar a temperatura corporal.

Essas substâncias pirogénicas agem no hipotálamo (o termóstato do corpo), reconfigurando-o para uma temperatura mais alta, e ao fazê-lo, desencadeia os mecanismos de aumento da temperatura do corpo (tremores e vasoconstrição) a níveis acima do normal.


A febre pode impedir a proliferação de micróbios e melhorar a resposta imunológica pelo aumento da capacidade bactericida, migratória dos glóbulos brancos e aumento na produção de interferão contra certos vírus. A sensação que a pessoa febril sente faz com que poupe energia e descanse, funcionando também através do maior trabalho realizado pelos linfócitos e macrófagos com a vasodilatação causada pelo aquecimento.


Interferão


Os interferões são proteínas produzidas por certas células quando atacadas por vírus ou por parasitas intracelulares. Estas proteínas não apresentam especificidade pois podem inibir a replicação de diversos vírus. Os interferões difundem-se, entram na circulação e ligam-se à membrana citoplasmática de outras células, induzindo-as a produzir proteínas antivirais que inibem a replicação desses vírus. O interferão não é uma proteína antivírica mas induz a célula a produzir moléculas proteicas antivirais.


Sistema complemento


Este sistema é constituído por cerca de 25 proteínas no estado inactivo que se encontram em maior concentração no plasma sanguíneo e também nas membranas celulares. No âmbito da defesa inespecífica, estas proteínas servem para facilitar a fagocitose de agentes estranhos ou para perfurar as paredes celulares das bactérias conduzindo à sua lise.


O sistema complemento também actua como mecanismo de defesa específica para complementar a actividade dos anticorpos na destruição das bactérias .


Mecanismos de defesa específica


A resposta imunitária específica subdivide-se em três funções: o reconhecimento do agente invasor como corpo estranho, a reacção do sistema imunitário que prepara agentes específicos que intervêm no processo e a acção desses agentes que neutralizam e destroem os corpos estranhos.


A imunidade específica refere-se então à protecção que existe num organismo hospedeiro quando este sofreu previamente exposição a determinados agentes patogénicos e pode ser mediada por anticorpos (imunidade humoral) ou mediada por células (imunidade celular).


Imunidade Humoral (Humores – sangue e linfa)




Quando um antigénio entra num organismo e chega a um órgão linfóide, vai estimular os linfócitos B que possuem na membrana receptores específicos para esse antigénio. Como resposta, os linfócitos B dividem-se e formam células que sofrem diferenciação, originando plasmócitos e células memória. Os plasmócitos têm um retículo endoplasmático desenvolvido e produzem anticorpos específicos para cada antigénio. Os anticorpos são posteriormente lançados no sangue ou na linfa e vão circular até ao local de infecção.

As células – memória ficam inactivas, mas prontas a responder rapidamente, caso venha a acontecer um posterior contacto com o antigénio.


Os anticorpos actuam de três formas distintas:


Os anticorpos ligam-se a toxinas bacterianas e levam à sua posterior neutralização. As toxinas livres podem reagir com os receptores das células hospedeiras enquanto que o mesmo não acontece com o complexo anticorpo-toxina.

Os anticorpos também neutralizam completamente partículas virais e células bacterianas através da sua ligação às mesmas. O complexo anticorpo-antigénio é ingerido e degradado por macrófagos.

Neutralização


A activação do sistema complemento (fig.13) no âmbito da defesa específica, é feita através do revestimento de uma célula bacteriana por anticorpos. Os anticorpos fixos formam receptores para a primeira proteína do sistema complemento o que leva ao desencadeamento de uma sequência de reacções que conduz à formação de poros e à destruição da célula.


Fontes : http://pwp.netcabo.pt/sistema.imune/

http://histology_2.tripod.com/imunisis.htm

http://biohelp.blogs.sapo.pt/2055.html

Trangénicos





O interesse pela manipulação genética existe desde o século XIX, quando os cientistas começaram a estudar as potencialidades da reprodução assexuada. Nas décadas de 50 e 60 foi conhecida a estrutura do DNA, claro que a manipulação genética, apesar das dificuldades encontradas, estava apenas no início.



A discussão dos transgénicos ganhou força internacionalmente na conferência sobre a fome, realizada em Roma no ano de 1967. O evento, apoiado pela Organização das Nações Unidas, foi agitado com a declaração da FAO (Food and Agriculture Organization) sobre a futura incapacidade mundial de produção de alimentos a nível mundial. A FAO argumentava que a baixa produtividade dos solos, o aumento das pragas, a falta de tecnologia de produção de sementes ou a fertilização inadequada seriam os principais motivos de escassez alimentar.



Aproveitando novas perspectivas de mercado, as empresas começaram a patrocinar pesquisas na área da Biotecnologia, iniciando assim as pesquisas sobre os alimentos transgénicos.



Grande parte das pesquisas efectuadas teve lugar em solo americano. No início das pesquisas, a Europa não acreditava no avanço da biotecnologia, facto que condicionou o investimento nesta área. Actualmente, verifica-se uma maior liberalização tanto na produção como na investigação de OGM's em solo americano. Contrariamente à política americana sobre os transgénicos, a Europa possui regras severas para a produção e comercialização dos OGM's.



A importância dos conhecimentos de genética e de tecnologia na nossa sociedade é cada vez maior, sendo crescente o seu potencial em diversas áreas de interesse público, tais como a saúde e a nutrição.
Foi nos anos 90 que pela primeira vez se introduziu no mercado dos Estados Unidos da América um alimento transgénico. Desde aí, a investigação, produção e comercialização desse tipo produtos têm vindo a aumentar consideravelmente. Hoje em dia 4% do total de terra cultivável no mundo é ocupado por variedades transgénicas de espécies agrícolas como o milho, a soja, o açúcar, a batata, e o arroz.



Desde sempre a selecção e melhoramento tradicional das plantas permitiram a transferência ao acaso de genes, resultante na transmissão de características tanto benéficas como prejudiciais ao consumo e produção. Por outro lado, nos dias de hoje, os cientistas sabem o que querem melhorar e o que deverá ser modificado nos genomas de modo a que uma dada espécie apresente mais vantagens para o Homem, nomeadamente ao nível nutritivo.



Os organismos geneticamente modificados mais comuns são as plantas. Porém a tecnologia é capaz de "tratar" todas as formas de vida, desde animais de estimação que brilham no escuro, a bactérias que formam um bloqueio ao vírus do HIV, passando por porcos que têm genes de espinafres ou por cabras que produzem seda como a das aranhas.



O impacto na saúde pública



Ao longo do desenvolvimento na investigação e nutrição humana, tornou-se evidente a relação entre composição química dos alimentos e o bem-estar e saúde pública.
Como tal, surge então, o fundamento da engenharia genética, a partir do reconhecimento das funções dos vários nutrientes, vitaminas e sais minerais no desenvolvimento de muitas doenças comuns nos países desenvolvidos, como cancro, doenças cardiovasculares, condições inflamatórias e doenças neurológicas. Também a subnutrição nos países subdesenvolvidos que causam a maior taxa de mortalidade e morbilidade nas suas populações gerou uma procura ao melhoramento nutricional nas espécies agrícolas utilizadas, e é desta forma um objectivo à muito ansiado pelo Homem.

Assim, os alimentos transgénicos podem ser a forma de alcançar este objectivo, uma vez já ser possível induzir uma dada espécie a produzir algo que originalmente é produzido por outra.


Por outro lado, é da opinião geral dos investigadores, que não existe risco zero no que respeita aos transgénicos. Um dos principais riscos da modificação do código genético em organismos, é a produção de novas proteínas alérgicas ou de substâncias tóxicas não identificadas em testes preliminares. Por exemplo, em 1989, nos Estados Unidos, 37 pessoas acabaram por falecer e outras 1500 ficaram inválidas devido à ingestão de um complemento com triptofano produzido por bactérias transgénicas que desenvolveram a síndrome de eosinfilia-mialgia. Os testes realizados previamente haviam demonstrado "equivalência substancial", ou similaridade na composição do produto não transgénico. O problema é que os engenheiros genéticos não previam que, a alteração genética nas bactérias, fizessem com que estas começassem a produzir um novo aminoácido extremamente tóxico, como ocorreu.

Para além disto, há quem defenda que existem outros riscos relativos a alimentos derivados de plantações transgénicas que ainda não foram comprovados cientificamente, como por exemplo, a possibilidade dos vegetais modificados que utilizem genes marcadores de resistência a antibióticos, transmitirem essa características a microrganismos patológicos aos consumidores.

Podemos considerar um alimento seguro à saúde humana, aquele que não causar nenhum mal em quantidades consideradas normais, e depois do seu processamento.


Actualmente, os critérios usados na determinação de riscos potenciais na aceitação de um OGM, por instituições internacionais tais como a Organização Mundial de Saúde (OMS), baseiam-se na equivalência substancial, como já foi referido. São considerados equivalentes os alimentos que comparados com o alimento convencional se aproximem deste o mais possível. Aí poderão ser validados tão seguros como o original.


Os alimentos transgénicos podem também desencadear reacções alérgicas, uma causa de grande preocupação para a população. Para além disso, a inserção de genes em determinados locais do genoma pode activar oncogenes, responsáveis pelo aparecimento de cancros e tumores.

Os critérios valorizados na aprovação dos OGM são, portanto, o potencial alergénico, a toxicidade, a degistibilidade e risco teratogénico (factor cancerígeno).

Em suma, os aspectos mais debatidos sobre estes problemas são a tendência de provocar reacção alérgica, a transferência do gene e a mutação externa.
Os alimentos transgénicos são já consumidos nos Estados Unidos, Canadá, Argentina, além de vários outros países.


Fonte : http://www.medicosdeportugal.iol.pt/action/2/cnt_id/1301/
http://www.transgenicos.pt.vu/

quarta-feira, 5 de março de 2008

Vacinação contra o HIV




Vacina contra HIV não está mais próxima...


O biólogo americano David Baltimore, que recebeu o premio Nobel de medicina em 1975, diz que será preciso ser 'melhor que a natureza' para vencer o HIV.


Depois de mais de 20 anos de pesquisas os Cientistas não estão mais perto de desenvolver uma vacina efectiva contra o vírus.


Baltimore, que também é presidente da Associação Americana para o Avanço da Ciência, acredita que a batalha é demasiadamente importante para ser abandonada, apesar de alguns especialistas dizerem que a vacina nunca será encontrada.


"Este é um grande desafio porque, para controlar o HIV imunologicamente, a comunidade científica tem que vencer a natureza, tem de fazer algo que a natureza, com a vantagem de quatro biliões de anos de evolução, não conseguiu"


" O nosso insucesso pode ser compreensível, mas não aceitável". diz David Baltimore.


Em relação á reunião anual da AAAS (Associação Americana para o Avanço da Ciência ) em Boston, o biólogo disse que o HIV evoluiu de modo a proteger-se do sistema imunológico humano.


"Acredito que o HIV encontrou várias formas de 'enganar' totalmente o sistema imunológico", disse. "Logo, temos que ser melhores do que a natureza."


'Uma hipotese'


Todas as tentativas de controlar o vírus utilizando anticorpos ou fortacelendo o sistema imunológico não furtiram qualquer efeito, o que tem deixado os cientistas com poucas esperanças de sucesso.


Esta falta de resultados satisfatórios tem levado os Cientistas a pensarem uma solução a partir de novas técnicas, como terapia genética e com células-tronco, apesar de ainda estarem a “começar” nessas áreas.


"Nos seres humanos, só temos uma oportunidade, que é tentar mudar os genes em células-tronco, logo, estamos a tentar fazer isso, criar vectores que possam transportar genes que trariam vantagens terapêuticas."


Baltimore recebeu o Nobel de medicina em 1975 pela co-descoberta da transcriptase reversa, uma enzima que, mais tarde se veio a descobrir, é usada pelo HIV para se replicar em células humanas.


Fontes: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL300155-5603,00-VACINA+CONTRA+HIV+NAO+ESTA+MAIS+PROXIMA+DIZ+NOBEL.html

o que é o cancro?


O que é o cancro?



A palavra cancro é utilizada genericamente para identificar um vasto conjunto de doenças que são os tumores malignos.


Os tumores malignos são muito diversos, havendo causas, formas de evolução e tratamentos diferentes para cada tipo. Há, porém, uma característica comum a todos eles: a divisão e o crescimento descontrolado das células.


Todos os tumores são cancros?


Não. Existem dois tipos de tumores: os benignos e os malignos.

Os tumores malignos, ao contrário dos tumores benignos, possuem duas características potenciais, que podem ou não estar expressas na altura em que a doença é diagnosticada:


Podem-se espalhar por metástases, isto é, aparecer tecido tumoral noutros órgãos diferentes daquele de onde se origina (por exemplo: fígado, pulmão, osso, etc);
Podem infiltrar outros tecidos vizinhos, incluindo órgãos que estão próximos.


Os tumores malignos ou Neoplasia maligna são aqueles a que normalmente chamamos cancro. As doenças cancerosas são também designadas por oncológicas.

Como surge o cancro?

O cancro surge quando as células normais se transformam em células cancerosas ou malignas. Isto é, adquirem a capacidade de se multiplicarem e invadirem os tecidos e outros órgãos.

A carcinogénese, o processo de transformação de uma célula normal em célula cancerosa, passa por diferentes fases.

As substâncias responsáveis por esta transformação designam-se agentes carcinogéneos como por ex: as radiações, os agentes químicos do tabaco, agentes infecciosos, etc.

Outros tipos de anormalidades genéticas podem ser adquiridas através de erros na replicação do DNA, ou ainda herdadas, e consequentemente presente em todas as células ao nascimento. As interacções entre os carcinogéneos e o genoma hospedeiro podem explicar porque somente alguns desenvolvem cancro.


Para que se desenvolva um cancro é necessários que, de uma forma cumulativa e continuada, sejam produzidas alterações celulares durante um largo período de tempo, geralmente durante anos.


Como é que se diagnostica um cancro?


Um cancro pode ser diagnosticado a partir de várias pistas:

observação médica, exames médicos (análises, TAC - tomografias axiais computorizadas), cirurgia, etc.


Mas para confirmar o diagnóstico de um cancro é geralmente necessária uma amostra do tumor (biopsia). A análise dessa amostra permite determinar se é um cancro ou não. Este estudo dos tecidos (análise histológica) permite classificar e saber, na maioria dos casos, quais são os tecidos e as células das quais provém o tumor e quais são as características das mesmas.

Quais são os tipos de cancro?

Os cancros classificam-se de acordo com o tipo de células avaliado:


Carcinoma - Tumor maligno que se origina em tecidos que são compostos por células epiteliais, ou seja, que estão em contacto umas com as outras, formando estruturas contínuas, como, por exemplo, a pele, as glândulas, as mucosas. Aproximadamente 80 por cento dos tumores malignos são carcinomas.


Sarcoma - Tumor maligno que tem origem em células que estão em tecidos de ligação, por exemplo ossos, ligamentos, músculos, etc. Nestes, as células estão unidas por substância intercelular, são tecidos conjuntivos.


Leucemia - Vulgarmente conhecida como o cancro no sangue. As pessoas com leucemia apresentam um aumento considerável dos níveis de glóbulos brancos (leucócitos). Neste caso, as células cancerosas circulam no sangue e não há normalmente um tumor propriamente dito.


Linfoma - Cancro no sistema linfático. O sistema linfático é uma rede de gânglios e pequenos vasos que existem em todo o nosso corpo e cuja função é a de combater as infecções. O linfoma afecta um grupo de células chamadas linfócitos. Os dois tipos de linfomas principais são o linfoma de Hodgkin e o linfoma não Hodgkin.


É possível detectar o cancro precocemente?


Sim. Alguns tipos de cancro podem ser detectados precocemente.
A detecção precoce e o tratamento adequado imediato levam ao prolongamento do tempo de vida. Quanto mais cedo for detectado, maior a probabilidade de cura do cancro.


Quais são os métodos de detecção precoce?


Consoante o tipo de tumor existem exames distintos que podem permitir uma detecção precoce. Para alguns tumores justifica-se a realização de exames de rotina a toda a população em risco para a detecção precoce de neoplasia. Por exemplo, mamografia, para o cancro da mama feminina ou citologia (exame das células) do colo do útero ou, ainda, analises ao sangue às fezes para o cancro do cólon.


Quais são os sintomas a que se deve estar atento?


Os sintomas que acompanham com maior frequência os diferentes tipos de cancro e para os quais deve estar atento são:


Nódulo (caroço) ou dureza anormal no corpo.


Dor persistente (que não desaparece com analgésicos)


Sinal ou verruga modificicada.


Perda anormal de sangue ou outros líquidos. Uma hemorragia vaginal, urinária, pelas fezes, na expectoração, etc., pode ser um sintoma de uma doença benigna, mas também pode ser sintoma de um tumor maligno no útero, vagina, cólon ou pulmão.


Tosse ou rouquidão persistente. E que não desaparece com tratamento sintomático. Deve ter especial atenção se é fumador.


Alteração nos hábitos digestivos, urinários ou intestinais. A modificação dos hábitos intestinais, a alternância dos mesmos e a alteração da cor das fezes podem indicar cancro do cólon.


Perda de peso não justificada. A perda de peso sem fazer dieta, mantendo os mesmos hábitos alimentares e sem aumentar a actividade física deve ser valorizada.


Que testes de rastreio devem ser feitos?


De acordo com uma Recomendação do Conselho da União Europeia à Comissão e aos Estados Membros, devem ser feitos os seguintes testes de rastreio:


Rastreio do cancro do colo do útero: Teste de Papanicolau - a iniciar entre os 20 e os 30 anos;


Rastreio do cancro da mama: mamografia nas mulheres com idades compreendidas entre os 40 e os 70 anos;


Rastreio do cancro colo rectal: analises ao sangue pois torna-se oculto nas fezes em homens e mulheres com idades compreendidas entre os 50 e os 74 anos.


A ocorrência de determinadas doenças prévias no indivíduo e, especialmente, a ocorrência de determinadas doenças oncológicas em familiares próximos podem justificar um plano de rastreio diferente, com a realização de exames mais vezes e em curtos períodos de tempo.
Factores de risco e formas de prevenção
De acordo com o código europeu contra o cancro (CECC).


Factores de risco


Fumar


Obesidade


Ingestão excessiva de bebidas alcoólicas


Exposição demorada ou excessiva ao sol


Prevenção


Pratique, diariamente, exercício físico.


Aumente a ingestão diária de vegetais e frutos e limite a ingestão de alimentos contendo gorduras animais.


rastreio do cancro do colo do útero (Papanicolau).


rastreio do cancro da mama.


rastreio do cancro do cólon e do recto.



Incidência


O cancro pode afectar pessoas de todas as idades, mas o risco para a maioria dos tipos de cancro aumenta com o aumento da idade. O cancro causa cerca de 13% de todas as mortes no mundo, sendo o cancro do pulmão, estômago, fígado, cólon e mama os que mais matam.

Reflexão pessoal:
Cada vez mais o cancro esta presente. Podemos não ser nós. Podem não ser os nossos pais nem irmãos. Podem não ser pessoas que nos sejam próximas. Podem não ser pessoas nossas conhecidas. Mas a verdade é que cada vez mais o cancro se aproxima de nós, das pessoas de quem gostamos. Esta doença manifesta-se em centenas de pessoas por dia. Todos os dias uma família é confrontada com esta realidade. Cabe-nos a nós, fazer uma prevenção, ter consciência da vida que levamos, dos riscos que ela nos pode trazer. Com a elaboração deste trabalho consegui aprofundar os meus conhecimentos acerca de este assunto, e dar-me conta que podemos não o conseguir impedir mas há várias coisas que esta na mão de cada um de nós fazer, que o podem evitar, permitir um diagnóstico deste precocemente aumenta em muito a probabilidade de cura. O tempo é determinante no combate ao cancro. Informe-se pela sua saúde.